quarta-feira, outubro 30, 2013

Entrevista de Outubro/2013

REVISTA JORRES
ENTREVISTAS & CONQUISTAS

37ª Edição: Outubro/2013 

DENIS CARVALHO 

No apagar das luzes, eis que surge o Denis. Em duas etapas, podemos conhecer um pouquinho da história desse irmão, que soube aproveitar muito bem o seu tempo de Jorres. E ele mesmo diz, "É a base da minha caminhada". Trabalho, oração e ação, são marcas registradas do Denis. Venha conhecê-lo... e também ao Miguel : ) 


J: Quem é o Denis?


D: O Denis é um cara de escolhas certas e erradas, mas que não se arrepende de nenhuma delas e mesmo se precipitando algumas vezes, Deus tem provido bastante na vida dele. Também sou um cara que corre atrás das coisas, uma cara determinado, um cara família... muito família e que ama Deus sobre todas as coisas e é por isso que falo que sou muito família, pois Deus é a essência de uma família e a minha é maravilhosa. 
Também sou um cara que faz bastante amigos! (risos)        

J: Fale um pouquinho sobre a sua caminhada cristã:  

D: Bem, eu comecei por volta dos 12, 13 anos aqui no grupo Jorres. Estava fazendo o crisma e fui convidado pelo Tomaz e pelo Éder. Lembrando melhor, tudo teve início em um ensaio do ministério de música da Nalva na liturgia, eu estava assistindo o ensaio deles e o Osvaldo pediu que eu cantasse pra ver se a minha voz encaixava e nisso eu comecei a participar da liturgia com eles. Fiquei na Maria Mãe da Igreja 5 anos, depois fui chamado para cantar em um TLC da Santo Antonio e lá eu chamei o Tomaz para ir comigo e logo após, no primeiro dia de uma Semana da Juventude que teve lá, me chamaram pra cantar com o ministério de música Frutos da Paz. Nisso, eu acabei sendo meio que pressionado pelo meu querido coordenador de Catequese da IMMI, o Jeferson (risos), ele me disse para escolher entre a Santo Antonio e a IMMI. Eu acabei por escolher a Santo Antonio (risos). Era uma boa caminhada de ida e volta, mas eu ia pra lá, todo santo dia, as vezes dormia na casa de alguns amigos. O certo é que sou paroquiano de lá a uns 12 anos. O Ministério Frutos da Paz acabou durando uns 5 anos, depois veio os outros ministérios que eu participei lá. 
Em algumas missas canto com o Tomaz, que é uma irmão pra mim, pois conheço ele desde o 7 anos, costumávamos falar no crisma que eramos irmãos de sangue, pois fomos lavados pelo sangue do Cordeiro. Tive também muita influência musical pela Mariangela (irmã da Jú). 
Sai da IMMI como ministro de música e catequista e assumi esses trabalhos na Santo Antonio também. Tive turma de crisma, tentei coordenar um grupo de jovens, mas o apoio não foi muito satisfatório. Cresci muito lá!

J: Conte-nos como foi a sua história no e com o Jorres:

D: Então, como eu disse, fui convidado pelo Tomaz e pelo Éder quando estava fazendo o crisma. Como eu estava cantando na liturgia eu cheguei no grupo de jovens meio que fazendo parte do ministério de música. Participei do primeiro Retiro Jorres (REJIS) como músico também e dai pra frente o Junão começou a me dar uns empurrões para que eu conduzisse as animações junto com ele e eu comecei a conduzir as animações para que ele ficasse mais focado na parte de oração, momento do Espírito Santo, pregação e etc. Naquela época ficávamos dividindo a animação do grupo de jovens, as vezes era o Éder, as vezes eu é que fazia, em outras oportunidades, o Junão. Nesse período, como eu disse, participei do primeiro REJIS, do segundo REJIS. O primeiro REJIS foi em Caucaia e foi um dos mais carismáticos que eu participei, nunca escutei tanta oração em línguas (risos). Quase não falávamos em português (risos). É brincadeira! Com o Silvano conduzindo não tinha jeito (risos). Fizemos várias vigílias maravilhosas com o grupo de jovens. Acabei não ficando, não só por causa da "pressão" de escolher entre uma paróquia e outra, mas também por algumas desavenças com o padre, não que eu tive problemas com ele, mas eu acredito que ele é uma pessoa um pouco fechada, meio seletivo e eu sentia que não fazia parte dessa seleção, além do chamado que Deus me fez para servir em outra paróquia também.  

J: Dentre os inúmeros momentos que você viveu dentro do Jorres, cite alguns que te marcaram:

D: Então, os Retiros foram momentos que me marcaram bastante. São dias que eu não esqueço. Toda vez que converso com o pessoal da época lembramos dos Retiros. Eles eram extremamente carismáticos, momentos maravilhosos de amizade com todos. Tem também as vigílias que na nossa época eram realmente vigílias, pois ficávamos do inicio até o fim dentro da Igreja, podia ser na Catedral, na Paróquia... Hoje em dia podemos dar uma parada pra dormir, mais ou menos como a vigília dos apóstolos, onde eles dormiam e Jesus os repreendia. As pessoas também me marcaram bastante. Silvano, quase um diretor espiritual pra mim na época, Mariangela, minha madrinha de crisma, o Guto, que era uma grande irmão, o Tomaz, Toli, Elielza, muitas pessoas maravilhosas. Teve uma situação em que o padre havia vetado a intercessão na Igreja e nós começamos a fazer na casa das pessoas, mas numa determinada situação decidimos fazer na Igreja. Juntou um pessoal e começamos a orar. Durante a oração, escutamos um barulho na porta e começamos a se esconder dentro da Igreja, pois achamos que era o padre, mas no fim, não era. Foi meio tenso esse dia (risos). 



J: Quais os trabalhos que você fazia dentro do Jorres na sua época?

D: Eu comecei no ministério de música, mas o Silvano queria que eu fosse para a intercessão. Dentro do Jorres esses foram as maneiras de eu servir, música e intercessão. 
Na intercessão, costumávamos colocar uma caixinha para pedidos de oração e depois recolhíamos, rezávamos sobre aqueles pedidos, queimávamos e enviávamos ao Pai. No ministério de música fazíamos bastante ensaios e conduzíamos o repertório ensaiado no grupo. Nessa época, eu ficava na Igreja de segunda à segunda. Segunda eu ensaiava, terça havia a Missa, quarta íamos pra conversar na porta da Igreja, quinta ensaio, sexta grupo de oração, sábado Jorres e domingo a Missa... era um ciclo (risos). Minha vida se inicio ali. Domingo costumávamos acordar o pessoal. Fazíamos um baita café da manhã na casa da pessoa que íamos acordar. Chegávamos na casa da pessoa, combinávamos rapidinho com a mãe, que naquela época considerávamos todas as mães nossas mães também, e acordávamos o fulano e pulávamos na cama dele e era uma bagunça (risos).  

J: O que o Jorres acrescentou na sua vida? 

D: Foi o inicio da minha vida cristã. Junto com a Crisma o inicio da minha caminhada. Foi onde eu conheci a Igreja, decidi começar a estudar um pouco a fé católica, percebi que não era somente a Missa, mas havia muito trabalho. Existem alguns tipos de católicos, os católicos de estatística, que vão à Igreja para fazer número, os católicos "raiMUNDO", que ficam com um pé na Igreja e outro no mundo, os católicos que trabalham mais, outros mais espirituais, outros mais missionários, outros mais paroquianos... dificilmente você irá achar um católico que irá fazer tudo isso, ou faz algo direito ou não faça nada. No Jorres eu conheci muitas coisas que foram benéficas para a minha fé. O inicio da minha vida cristã, eu devo ao Jorres. A base está ali. Como valores, eu destaco a amizade. Tem amigos que quando nos vemos, é saudade pura. 

J: Sabemos que você é pai! Gostaríamos de saber como você concilia os compromissos do cotidiano com as responsabilidades de uma vida de pai? 

D: Eu sou pai e sou pai solteiro! Eu casei, me separei, mas o B.O. ficou comigo, mora aqui (risos). Tem a avó para dar uma mimada e tem eu para ser o "vilão" da história. O nome dele é Miguel, em homenagem ao meu avô e a São Miguel Arcanjo, pra dar uma proteção ao garoto que é teimoso que só ele (risos). Trabalho, faço faculdade e o que me permite fazer tudo isso e cuidar do Miguel é a base familiar que eu tive. Eu tenho um apoio muito grande do meu pai, da minha mãe, da madrinha dele, que é a minha irmã... ele está bem assistido. Tenho a minha convivência com ele, porque as vezes ele só escuta a mim. Depois que ele nasceu, a 7 anos atrás, eu não faço mais nada pensando em mim, mas nele. As realizações são direcionadas pra ele, se está bom pra ele está bom pra mim. Na medida do possível ele obedece bastante, é um garoto muito inteligente, começou a aula de bateria (a bateria foi um presente do avô). 

J: Por falar da "vida de pai", como é ser pai? 

D: Eu escutei uma descrição esses dias que para mim é a mais correta: "Ser pai ou mãe, é ter seu coração batendo fora do peito". É um pedaço de mim fora de mim. Meu coração fora do meu corpo. Eu preciso do meu coração pra viver assim como preciso do meu filho para estar sempre bem. Graças a Deus, ele estar perto de mim foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. É um pouco ruim ficar pegando ele de quinzenalmente. 

J: Quais os benefícios que a JMJ Rio 2013 trouxe para a Igreja de um modo geral?     

D: Então, o Papa Francisco é uma pessoa bem carismática, ganhou muito rápido a admiração de todos. Bento XVI ao meu ver, demorou um pouco a ganhar essa admiração, era um pouco mais frio, mas muito inteligente. 
Estou com medo de algumas coisas que surgem como notícias, como por exemplo, a liberação da união homoafetiva no religioso. Não sou contra a pessoa homossexual  mas a Igreja é clara nesse ponto, condenando a prática, pra comprovar, eu tenho amigos homossexuais que são muito bem acolhidos na Igreja e as vezes respeitam muito mais a religião, a doutrina do que alguns magistrados da fé.         
Eu gostaria muito que voltasse ao ritmo da época do João Paulo II, pois eu sinto que a Igreja deixou de participar de muito evento da Igreja, eventos para os católicos. Em alguns pontos, estamos vendo o protestantismo engolir a Igreja Católica. 
Eu respeito a Igreja, mesmo não entendendo alguns posicionamentos, por exemplo, eu casei na Igreja e hoje estou divorciado, não posso comungar e respeito perfeitamente isso, pois escolhi seguir essa doutrina e seria meio hipócrita se eu agisse contra ela.  

J: Deixe uma mensagem para toda a Família Jorres:











  

    Edição, Redação, Fotos e Idealização: Ministério Jorres de Comunicação
Deus abençoe todos os nossos leitores ; D

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